Tenho vários encontros comigo mesma. Marco reunião. Combino de me encontrar para almoçar. Às vezes esqueço de comparecer, vou ser sincera. Mas não é de propósito, esqueço e pronto.

Tá, eu sou idiota. Eu não sei chorar, mas quando choro é pra valer. Tento fazer tudo com a maior intensidade possível. Erro meu? Provavelmente, né? Disse que sou idiota.
Enterrei um amigo. Todos enterramos. Alguns escreveram sobre isso, outros choraram, outros pegaram o carro e dirigiram até onde podiam, outros se afogaram no trabalho tentando esquecer. Eu fiz tudo isso. Eu sou todos os outros. Como no cd da banda The Rapture “peaces of the people we Love”. Um pedacinho de mim foi embora. E, não volta mais.

“Galinha…Galinha…”

Eu bebi. Bebi demais. Acabei tropeçando em algumas pessoas e pedi desculpa. Minhas desculpas eram sinceras. Sou sincera, mas não daquele modo agressivo. Falar a verdade não é ser arrogante. Voltei caminhando até a mesa onde estava. Ninguém notou minha embriaguez, talvez estivessem piores que eu. Quem sabe eu era a única realmente sóbria, ou, a mais perdida de todas.

Duas coisas. Uma: o mundo é muito injusto. E outra: ele é muito sem noção também. Uma amiga minha hoje capotou o carro. Simples assim. Recebi uma ligação e tá dá “viu no jornal online? Pois vá lá, tem uma foto do carro dela virado”. Sim!?!? Como assim? Aí depois fico com uma febre que não sai nem a base de porrada. E ainda fico sabendo que o povo tá comentando sobre a minha vida, pessoas que eu nunca vi na vida!!! Vai tomar no c*. Sério mesmo!!! Minha vida é um drama, mas não sou novela!!! Por**!!! %@$%$#%!%@#$@#$#$@$#